Meu bem, estive em tuas cordas
Sem paz e nocauteado em pé
Nunca a salvo de precária fé
A guarida de exaustivas bordas
Jaz, ardiam-me assaz feridas
Ao fim, ao cabo, do chão-ao-rés
Tudo prestes a tombar de vez
Ao revés de causa desvalida
E, a ponto de perder a luta
E ali de se romperem laços
Sim, em face do cruel instante…
Atirei-me à distância curta
Desnudei-nos em brutal abraço
Vã e vil mortalha dos amantes
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Rubem Penz, nascido em Porto Alegre, é escritor e músico. Cronista desde 2003. Entre suas publicações estão “O Y da questão” (Literalis), “Enquanto Tempo” (BesouroBox) e “Greve de Sexo” (Buqui). Sua oficina literária, a Santa Sede – crônicas de botequim, dez antologias, foi agraciada com o Prêmio Açorianos de Literatura 2016 na categoria Destaque Literário. Na RUBEM escreve quinzenalmente às sextas-feiras.
Toca a alma
Obrigado, Luciana.
GOLPE DE AZAR
Houve, na vida do poeta de dois braços, aquele momento
em que ele pretendeu abraçar duas mulheres,
no mesmo abraço.
❤
Auri
Muito bom! 😉
Curti, valeu! Abração.
Obrigado, Marco!