
Via Culturice
Cronistas e o retrato da cidade.
No Rio de Janeiro, da década de 50, era notável o número e a qualidade de escritores que se dedicavam à crônica. Sergio Porto (Stanislaw Ponte Preta) fazia desde 1954, na Última Hora (Rio) um gênero de crônica leve e humorística. Henrique Pongetti tinha em O Globo (Rio), a coluna “Show da Cidade” e Antônio Maria fazia a crônica do Rio noturno na seção a “A Noite é Grande” do Diário Carioca, onde colaborava também o poeta Paulo Mendes Campos. Este, ao lado de Rubem Braga e Fernando Sabino, formaram a mais importante trindade da crônica brasileira depois, em Manchete. Outros cronistas que se destacaram no período foram; Eneida, no Diário de Notícias; Raquel de Queirós, em O Cruzeiro; José Carlos de Oliveira, no Jornal do Brasil, e o poeta Ledo Ivo em o Estado de São Paulo. Ainda temos dois outros poetas que se destacaram como cronistas: Carlos Drummond de Andrade, que publicou Passeio na Ilha (1952) e Fala Amendoeira (1957) e Manoel Bandeira, que reuniu algumas de suas crônicas em A Flauta de Papel (1956). Vários livros de crônicas apareceram nessa época: Pássaro Ferido (1956) de Genoíno Amado; A Cidade e os Dias(1957), de Ledo Ivo; O Homem Nu (1960) de Fernando Sabino.
Resumo do texto publicado na enciclopédia “Nosso Século” volume – 1945/1960
Mateus Pérez
28/05/2014
O texto deixou de citar Nelson Rodrigues com sua belíssimas crônicas de futebol… Mas em fim, todos eles foram grandes mestes do gênero.